sábado, 16 de janeiro de 2016

A Ansiedade Através dos Tempos


Há autores que definem a era moderna como a Idade da Ansiedade, associando a essa ocorrência psíquico-orgânica a agitada dinâmica existencial da modernidade: sociedade industrial, competitividade, consumismo, expectativa de desempenho e assim por diante.

Diz-se que a simples participação da pessoa na sociedade contemporânea já preenche um requisito suficiente ao surgimento da Ansiedade. Portanto, viver ansiosamente passou a ser considerado uma condição do homem moderno ou um destino comum ao qual todos estamos, de alguma maneira, atrelados.

Com certeza, até por uma questão biológica, podemos dizer que ela sempre esteve presente na história humana, desde a caverna até a nave espacial. A novidade é que agora estamos dando atenção aos seus efeitos sobre o organismo e psiquismo humanos.

Hoje em dia tememos a competitividade social, a segurança, a competência profissional, a sobrevivência econômica, as perspectivas futuras e mais uma infinidade de ameaças abstratas e/ou reais. Enfim, todas essas condições existenciais passaram a ter o mesmo significado de ameaça e de perigo que tinham as circunstâncias necessárias à sobrevivência da vida animal que ameaçavam nossos ancestrais.

No ser humano animalesco tais ameaças eram concretas e a pessoa tinha um determinado objeto real à combater (fugir ou atacar), localizável no tempo e no espaço. Hoje em dia esse objeto de perigo vive dentro de nós, as ameaças vivem, dormem e acordam conosco.

A Ansiedade aparece em nossa vida como um sentimento de apreensão, uma sensação de que algo está para acontecer, ela representa um contínuo estado de alerta e uma constante pressa em terminar as coisas que ainda nem começamos. Desse jeito, nosso domingo têm uma apreensão de segunda-feira e a pessoa antes de dormir já pensa em tudo que terá de fazer quando o dia amanhecer. É a corrida para não deixar nada para trás, além de nossos concorrentes. É um estado de alarme contínuo e uma prontidão para o que der e vier.


A Ansiedade, por Pedro Lopes de Oliveira 

Didaticamente, e em linhas gerais e superficiais, a ansiedade que nos assola pode ter sua origem consciente ou inconsciente. Pode ser a espera por algo que vai acontecer, como pode ser o desejo de que algo aconteça. Tem logo, um forte componente de uma situação que não está às mãos para que se resolva aquilo. Está em algo que está no futuro a sua resolução. Pode inclusive, dependendo a situação, ser a confluência de todos estes e outros fatores.

Grande parte de meus pacientes traz certo grau de ansiedade junto a outros sintomas, mesmo quando nos procuram para "tratar apenas a ansiedade". Porque, em muitas vezes, não percebem que sua vida diária mostra sintomas e situações, desarmonias, onde o "motor" é a ansiedade.

Isto posto e percebido, há que se identificar os elementos conscientes e inconscientes que estejam gerando tais desarmonias. Pode ser algo no seu passado, que rememorado, desencadeia um medo de que ele aconteça no futuro. Ou pode ser algo no presente que se deseja que aconteça ou se teme que aconteça no futuro. Existem variações disto.

Logo, ensino o paciente a controlar estes estados de ansiedade através do controle mental do corpo pela mente. São simples e muito eficientes exercícios que tem por base a fisiologia, concentração e gestalt terapia*. Muito embora pareça complexo, mas não é. Uma criança de 5 anos é capaz de fazê-lo. Este exercício é recomendado a ser feito ao início da manhã, início da tarde e antes do anoitecer. Todos meus pacientes se submetem a estes exercícios, cada qual diante de seu processo, e todos percebem seus benefícios logo nos primeiros dias.

Passo seguinte, ainda na primeira sessão, começamos a identificar onde estão os "nós" emocionais, conscientes e inconscientes, que geraram e mantém as desarmonias. Um a um é trabalhado, reduzido ou eliminado. A ansiedade é um processo de fácil e rápido tratamento. Mas, ressalte-se, cada pessoa um ritmo, uma compreensão e um jeito peculiar de responder ao tratamento.

*A Gestalt-Terapia, também conhecida como terapia do contato, tem como finalidade conhecer e trabalhar a consciência da pessoa, e com o todo que essa pessoa traz  (fonte: psicologado.com).

Sobre Pedro Lopes de Oliveira:

Terapeuta, cientista mental e parapsicólogo (ABCPM 095). Atende no endereço:

Av. Mal. Deodoro, 1188, 4° Andar - Edifício Marcatto Center - Centro - 
Jaraguá do Sul - SC
Fone: (47) 3376 9663 - (47) 9228 3867 e (47) 9933 0273

Fonte (primeira parte do texto):

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