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quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Mãos Talentosas

Os pais, as escolas, a sociedade, o mundo em que vivemos, desde cedo quase sempre nos forçam a tomar decisões que nos empurram para um destino que nem sempre seria o melhor. Nos dizem o que seria bom para o nosso futuro, nossas vidas, sem se importarem muito com nossos desejos, nossas reais vocações. E assim, anos depois nos vemos fazendo aquilo que nos ensinaram que daria mais dinheiro, nem que para isso tenhamos que conviver com pessoas intragáveis, ambiente inóspito, que nos trazem noites mal dormidas e um mergulho profundo nas drogas de farmácia, levando uma vida infeliz e esperando um aposento que talvez nem chegue, ou se chegar, poderemos gastar grande parte do dinheiro em remédios para nos dar uma sobrevida ao invés de realizar planos que adiamos a vida toda. Há pessoas que a tempo conseguem descobrir uma vocação ou que já reconheciam o jeito para algo e então resolvem largar tudo e fazer o que realmente gostam mesmo podendo ter um ganho monetário menor, porém, uma vida mais saudável, mais feliz. Há outros que tem muito talento mas preferem guardar para si e por algum motivo privam outras pessoas a se deliciarem com seus dons. 

Fotos de arquivo pessoal

Rita Cardoso é um desses talentos escondidos. A criciumense aposentada, casada e mãe de três filhos tem grandes dons culinários mas opta por não fazer disto um complemento de renda. 

Fotos de arquivo pessoal

Rita capricha no visual de seus bolos que além de lindos têm um sabor maravilhoso. Sua aptidão na cozinha é bem diversificada e tudo que faz arranca elogios até mesmo dos mais exigentes. Seus parentes e amigos mais próximos são quem têm o privilégio de saborear suas guloseimas deixando para nós apenas o desejo através das fotos aqui postadas. 

Fotos de arquivo pessoal

É provável que teríamos um mundo bem mais evoluído se todos fossem incentivados a fazer aquilo que realmente gostam ao invés do que dá mais dinheiro. E você, qual é o seu talento?

quinta-feira, 1 de março de 2018

Para que serve? (Lítio)

Em 1817, durante a análise do mineral petalita, o sueco Johan August descobriu o lítio. Mais tarde, ele confirmou a presença do elemento químico nos minerais espodumênio e lepidolita. Em 1818, G. Gmelin observou que os sais de Lítio queimavam com chamas vermelho-brilhantes. Nem Gmelin e nem Arfvedson isolaram o elemento lítio de seus sais. 

Foto: ghheadlines.com

Os primeiros a isolar o elemento, foram W. T. Brande e Sir Humphrey Davy através da eletrólise do óxido de lítio (Li2O). Em 1855, Bemsen e Mattiessen, isolaram grandes quantidades do metal pela eletrólise do cloreto de lítio (LiCl).

A quantidade deste elemento existente no universo é de 6×10^-7 % da massa; no corpo humano 3×10^-6 % da massa (30ppb); na crosta terrestre 0.0017 % da massa (17ppm) e no oceano 1.8×10^-5 % da massa (180ppb).

O salar de Uyuni, um deserto branco de sal de 12 mil km2 localizado no sul da Bolívia, é onde está a maior jazida do mundo desse precioso material. Segundo estudos recentes, Chile, Bolívia e Argentina possuem, juntos, 75% de todas as reservas mundiais de lítio. O Chile é o principal produtor mundial. 

A Argentina, com um único local de extração, na província de Catamarca, noroeste do país, e explorada pela corporação norte-americana FMC Lithium, está em terceiro lugar, depois da China. A Bolívia ainda não entrou de fato no jogo, mas quando o fizer não haverá competição possível, dado que o salar de Uyuni, onde está sendo construída uma planta para a extração,  abriga 50% de todo o lítio presente no planeta.


Construção da Usina de Uyuni, Bolívia (foto: japantimes.co.jp)

De acordo com as estimativas mais prudentes, debaixo do chão imaculado do salar de Uyuni, repousam pelo menos 100 milhões de toneladas de lítio. Isto faz com que a Bolívia possa se tornar uma potência energética mundial.

No Brasil, sua exploração acontece há alguns anos no estado de Minas Gerais, mas para uso principalmente na indústria de vidros e cerâmica.

Os maiores clientes, as grandes empresas líderes em produção de baterias recarregáveis, vêm do Japão, EUA, China e Alemanha. Segundo dados divulgados em 2005, cerca de 50 milhões de notebooks, 80 milhões de câmeras fotográficas digitais e 800 milhões de telefones celulares dependem do lítio para o seu funcionamento.


Foto: powerelectronics.com

Mas, onde mais é usado o lítio?

– Em baterias; sendo bastante comuns as que usam íons de lítio em sua composição. Também pode ser usado para fabricar pilhas (baterias não recarregáveis);

– adicionado em vidros para reduzir o coeficiente de expansão térmica e baixar o ponto de fusão;

– compostos com lítio são usados na produção de plásticos, borrachas sintéticas e medicamentos.

– Em química orgânica o Li3AlH6 (hidreto de alumínio e lítio) é usado como agente redutor;

– ligas de alumínio que contém uma pequena quantidade do elemento são mais leves, e são utilizadas na fabricação das asas e componentes estruturais; nestes casos a quantidade de lítio adicionado costuma não ser maior do que 2,5%.

– Na forma de carbonato de lítio é usado como medicamento psiquiátrico; o composto também encontra aplicação na indústria – do alumínio e na fabricação de baterias;

– na área nuclear o elemento pode ser usado em reatores de geração de energia e em bombas termonucleares;

– na fabricação de graxas e lubrificantes;

– o fluoreto de lítio tem aplicações ópticas interessantes por ser um cristal transparente à radiação ultravioleta de onda curta;

– na fabricação de cerâmicas resistentes ao calor e ao choque térmico; inclusive com uso na cozinha;

– na secagem de ambientes úmidos; o LiCl é bastante higroscópico;

– LiH tem sido pesquisado como uma possibilidade na estocagem de hidrogênio; com a dificuldade de ser um composto instável.

Outras informações:

Símbolo Químico: Li 
Número Atômico (Z): 3
Peso Atômico: 6,941 
Grupo da Tabela: 1 (IA)
Configuração Eletrônica: 1s2 2s1
Classificação: Metal Alcalino 
Estado Físico: Sólido (T=298K)
Densidade: 0,535 g/cm3 
Ponto de Fusão (PF): 453,69 K
Ponto de Ebulição (PE): 1615,0 K  

Fontes:

https://revistagalileu.globo.com/
www2.fc.unesp.br)
www.dw.com
www.tabelaperiodica.org

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Para que serve? (Urânio)


Descoberto em 1789 em Berlim pelo cientista alemão Martin Klaproth, urânio é um mineral que é encontrado nas rochas da crosta terrestre. Esse elemento foi isolado pelo francês Eugene-Melchior Peligot, em 1841. Sua radioatividade só foi descoberta em 1896, quando o francês Henri Becquerel fazia um experimento para mostrar a relação da luminescência dos sais de urânio e o raio-x.



Este elemento químico é representado pela letra 'U'. Seu nome é uma homenagem ao planeta Urano. Ele faz parte do grupo dos actinídeos e seu número atômico é 92 (Z=92). Na temperatura ambiente, é encontrado no estado sólido. É um metal radioativo maleável, prateado e quando é exposto ao ar, reage rapidamente formando uma camada de óxido.

A transformação do urânio em combustível nas usinas se dá através de vários processos industriais que formam o "ciclo do combustível nuclear". Tudo começa com a mineração, ou lavra, que é a retirada do minério da terra.

No Brasil a Constituição determina que a sua energia só pode ser usada para fins pacíficos. Os países com as maiores reservas são: Austrália, Cazaquistão, Rússia, África do Sul, Canadá, Estados Unidos e Brasil.



Os primeiros indícios desse elemento datam de 79 d.C., quando foi encontrado um vidro amarelado com óxido de urânio, na cidade de Nápolis, na Itália.

Uma das maiores descobertas a respeito desse elemento foi feita pelos alemães Fritz Strassman e Otto Hahn quando eles descobriram a fissão nuclear de um átomo de urânio. A fissão acontece quando ocorre a separação do núcleo de um átomo, liberando assim uma grande quantidade de energia, que se caso for descontrolada pode ser explosiva. Essa energia liberada é o que hoje conhecemos como bomba nuclear e reator nuclear. 



Quando ainda não havia sido descoberta a radioatividade do urânio, suas aplicações eram poucas. Os sais de urânio eram utilizados para a fotografia e para a produção de cerâmicas especiais. Além disso, também era voltado para fabricar peças de couro e sola e na indústria madeireira. Hoje, além da produção de eletricidade, a energia nuclear também vem sendo utilizada amplamente em outras áreas como: medicina, meio ambiente, engenharia, produção de radiofármacos, agricultura, conservação de alimentos, esterilização de materiais diversos e na pesquisa.

Para a fabricação da bomba atômica é utilizado o urânio enriquecido e empobrecido. Na medicina, o uso é feito na terapia e no diagnóstico de diversas doenças.

Inicialmente, o urânio é extraído de pedreiras ou de minas. Ele não é encontrado em sua forma natural, mas misturado a outros elementos diferentes. O mineral bruto contém apenas 0,3% de urânio.



Em seguida é separado dos outros elementos minerais e o que sobra é o óxido de urânio, conhecido como "yellow cake" ("bolo amarelo", em tradução literal). Depois, o óxido de urânio é convertido em um composto gasoso, o hexafluorido de urânio.

Para ser enriquecido e transformado em combustível, o hexafluorido de urânio é processado em centrífugas nucleares.

O gás é submetido a rotação em velocidades extremas. Seus átomos mais pesados (U-238) se concentram no alto da centrífuga, e os mais leves (U-235) ficam no centro. O gás recuperado no centro é enviado para uma nova centrífuga, que repete o processo sucessivamente, aumentando seu grau de concentração. As usinas que fazem esse processo possuem milhares de centrífugas.

Para alimentar um reator nuclear de uso civil, é necessário que a taxa de enriquecimento de urânio esteja entre 3% e 5%. Para construir uma bomba atômica, é necessário ter urânio enriquecido em ao menos 90%. 

Fotos por ordem de exibição:

Urânio: al3loom.com)
Martin Heinrich Klaproth (Foto: commons.wikimedia.org)
Usina Nuclear Angra 1 - Brasil (Foto: oglobo.globo.com)
Usina Nuclear de Nogent-sur-Sein - França (Foto: green.blogs.nytimes.com)
Explosão atômica em Hiroshima (Fonte: dailymail.co.uk)
 
Fontes:

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Para que Serve? (Bário)

Descoberto na Barita por Scheele em 1774 e isolado por Sir Humphry Davy em 1808, o Bário foi obtido do mineral Witherita, pela eletrólise da solução de Ba(OH)2 com catodo de mercúrio e anodo de platina. O mercúrio foi destilado do amalgama e o bário obtido como metal. O Ba(OH)2 foi obtido pela calcinação do nitrato e reação com água. 

Barita (foto: steinbockminerals.net)

Metal branco prateado, macio, que reage vigorosamente com a água produzindo Ba(OH)2 e deve ser armazenado em argônio ou óleo mineral, atualmente é obtido pela eletrólise do cloreto fundido ou pela reação do BaO com Al ou Si em alta temperatura. 

Elemento metálico quimicamente semelhante ao cálcio, o bário contudo é macio e, na forma pura, apresenta aspecto branco prateado semelhante ao chumbo. Este metal oxida-se muito facilmente quando exposto ao ar e é altamente reativo com água ou álcool.

A China é o país que detém a maior reserva de barita do mundo e é a maior produtora também. De uma forma bem modesta, o Brasil participa com somente 0,3% das reservas e 1,0% da produção mundial. 


Usado principalmente em velas de ignição, tubos de vácuo, foguetes pirotécnicos, e em lâmpadas fluorescentes, o bário também tem outras utilidades como;

- Na forma pura é utilizado em sistemas "getter" , para a remoção de oxigênio e nitrogênio, em tubos de vácuo.

- O sulfato de bário é usado como pigmento branco em pinturas, como contraste em diagnósticos por raio-X , e em vidros.

- A barita é usada extensivamente em fluidos para a perfuração de poços de petróleo e na produção da borracha.

- O carbonato de bário é usado como veneno para ratos e também pode ser usado para a fabricação de vidros e tijolos.

- O nitrato de bário e cloreto de bário produzem chamas verdes em foguetes pirotécnicos.

- Óxido de bário é utilizado para revestir eletrodos de lâmpadas fluorescentes, em razão da grande emissão elétrons.

- Os sais de bário, especialmente o sulfato de bário, quando aplicados por via oral , aumentam o contraste para o raio-X no diagnóstico médico do sistema digestivo.

- A Liga de bário e níquel é utilizada nas velas e ignição de automóveis. 

- O Sulfato de Bário Precipitado é utilizado em baterias VRLA e outras formas de acumuladores de energia.


Os compostos de bário quando dissolvidos em água são extremamente venenosos . O sulfato de bário pode ser usado em medicina, por via oral, como contraste porque não se dissolve e por ser eliminado rapidamente pelo trato digestivo. 

Os íons de bário são muito tóxicos e podem causar sérios problemas cardíacos como a fibrilação ventricular. Além disso, outros sintomas de envenenamento são a salivação excessiva, convulsões, tremores, taquicardia, hipertensão, hemorragias internas, paralisia de membros superiores e inferiores e morte.

A oxidação do bário ocorre muito facilmente e, para permanecer puro, deve ser mantido imerso em líquidos derivados de petróleo ( como a querosene ) ou outro líquido isento de oxigênio e ar.


Fonte:


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Para Que Serve? (Boro)

Boro (Foto: escuelapedia.com)

O boro é um elemento químico de símbolo B e pertencente à classe dos semimetais. Possui número atômico 5 e massa atômica 11 u. É classificado como um semicondutor de eletricidade porque não transmite energia de forma eficiente. É também sólido a temperatura ambiente e em suas formas derivadas.

Uma importante aplicação do boro é na fabricação de barras de controle, de aço-boro ou de carbetos de boro, para reatores nucleares. O boro possui elevada seção transversal de captura de nêutrons. As barras de controle são introduzidas no reator para absorver parte dos nêutrons e com isso diminuir a velocidade da reação de fissão nuclear. 

O carbeto de boro também é usado como abrasivo. O boro é usado ainda para fabricar aços resistentes ao impacto, fogos de artifício (produz luz esverdeada) e fibra de vidro para revestimento e tecidos.

Não é tóxico, mas se ingerido em quantidades maiores que 50 mg causa indisposição. Seus compostos hidrogenados são muito mais prejudiciais, além de altamente inflamáveis.

Por ser muito reativo, o Boro não é encontrado livre, mas em minérios como: a colemanite (Ca2B6O11. 5H2O), a ulexita (CaNaB5O9 . 8H2O) e a kernite ou bórax (Na2B4O7.4H2O e Na2B4O7.10H2O, respectivamente) – que são as principais fontes mundiais de Boro.

Maçã: Uma das fontes do elemento (Foto: zoomsgallery.blogspot.com)

A maioria desses minérios são encontrados em rochas marinhas sedimentares e perto de vulcões. O Boro também é encontrado em verduras (de folhas verdes escuras), frutas (secas, amêndoas, uva, maçã e pera) e legumes (feijões): as carnes, de qualquer tipo, não oferecem quantidade significativa de Boro ou de outro composto que o contenha. Sua concentração na crosta terrestre é de aproximadamente 10 ppm, ou seja, a cada 100 toneladas de rochas encontra-se 1 quilograma de Boro.

O Boro elementar não é muito utilizado, mas estudos revelam que se consumido em pequenas quantidades (de 10 a 15 mg) ajuda a combater a osteoporose, pois mantém o cálcio nos ossos sob forma de boratos. 

O bórax é amplamente utilizado na taxidermia de animais, em inseticidas, na fabricação de esmaltes e porcelanas, na produção de vidros ópticos, em sabões e detergentes, como fertilizante, além de ser matéria-prima principal na fabricação de recipientes de vidro com a marca registrada Pirex.

Mina Rio Tinto, Califórnia - EUA (Foto: m2m.riotinto.com)

A maior fonte de Boro no mundo está na Califórnia no deserto de Mojave (sob forma de kernite), porém outros países são grandes produtores do mineral, destacando-se: Itália, Turquia, Bolívia, Chile e Peru.

Apesar da utilização de compostos de Boro existir há mais de 6000 anos, o primeiro químico a caracterizá-lo e identificá-lo como elemento foi o sueco Jöns Jacob Berzelius, em 1824.

Outros cientistas, como Gay-Lussac e Humphry Davy, conseguiram o Boro com pureza 50% em 1808, no entanto, não o caracterizaram como um novo elemento. A obtenção do composto puro ocorreu em 1909 nos EUA pelo químico W. Weintraub.

Fontes: