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domingo, 8 de dezembro de 2024

Um Comparativo Entre Estados Unidos E União Soviética


Em 08 de dezembro de 1991, Rússia, Ucrânia e Bielorrússia assinaram a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Por conta desta data, resolvemos fazer um resumo do que foi a disputa entre estadosunidenses e soviéticos.

Os Estados Unidos e a União Soviética foram aliados na luta contra a Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Após a vitória sobre os alemães, os antigos aliados se transformaram em adversários. Assim, com o término da Segunda Guerra Mundial, em 1945, tinha início a Guerra Fria.

Os dois países jamais se enfrentaram num conflito militar direto, jamais se enfrentaram numa "Guerra Quente". Daí o conflito entre as duas superpotências ter recebido o nome de "Guerra Fria". Apesar de toda a hostilidade que havia entre as duas superpotências, os dois lados sabiam que uma guerra total, isto é uma guerra em que cada potência utilizasse todos os seus recursos, seria uma guerra sem vencedores e uma ameaça à própria continuidade da espécie humana no planeta. Afinal, o monopólio norte-americano da bomba atômica não durou muito tempo. Em agosto de 1949, a União Soviética detonou sua primeira bomba atômica.

Uma das principais características da Guerra Fria foi transferir os conflitos militares para áreas periféricas do mundo. Ou seja, norte-americanos e soviéticos se envolveram em guerras localizadas em outras partes do mundo como África, Ásia e América Latina. Exemplos dessas guerras foram a intervenção norte-americana no Vietnã, durante as décadas de 1960 e 1970, a intervenção soviética no Afeganistão, final dos anos 1970 a meados dos anos 1980 e o envolvimento direto ou indireto dessas superpotências em praticamente todas as guerras no Oriente Médio, especialmente a luta entre palestinos, apoiados pela União Soviética, e israelenses, apoiados pelos norte-americanos.

A rivalidade entre as duas superpotências tinha origem na incompatibilidade entre as ideologias defendidas por cada lado. Cada superpotência tinha um sistema político e organizava sua economia de modo diferente da outra. Enquanto os Estados Unidos defendiam o capitalismo, a democracia, princípios como a defesa da propriedade privada e a livre iniciativa, a União Soviética defendia o socialismo e princípios como o fim da grande propriedade privada, a igualdade econômica (uma sociedade sem ricos e pobres) e um Estado forte capaz de garantir as necessidades básicas de todos os cidadãos.

A disputa tecnológica entre os Estados Unidos e a União Soviética incluía a corrida espacial, que era também uma demonstração de poder: a potência que desenvolvesse uma tecnologia capaz de enviar um homem ao espaço também seria capaz de desenvolver mísseis nucleares controlados à distância. Os feitos de cada superpotência eram explorados pela propaganda de cada governo. Afinal, cada lado queria provar que seu sistema (capitalismo, no caso dos Estados Unidos, socialismo, no caso da União Soviética, era o melhor). Tanto os Estados Unidos quanto a União Soviética utilizaram, no início de seus programas espaciais, engenheiros alemães que trabalharam no desenvolvimento dos foguetes.

No início, quem tomou a dianteira na corrida espacial foi a União Soviética, que em 1957 lançou o primeiro satélite artificial, o Sputnik, e, no mesmo ano, a enviou o primeiro ser vivo ao espaço, a cadelinha Laika. Também foi da União Soviética o feito de enviar o primeiro ser humano a viajar pelo espaço, o ucraniano Yuri Gagarin (na época, a Ucrânia era uma das repúblicas que compunham a União Soviética), no dia 12 de abril de 1961.

O programa espacial norte-americano acabou superando o soviético: no dia 20 de julho de 1969, o astronauta norte-americano Neil Armstrong tornava-se o primeiro homem a pisar na Lua. Uma curiosidade: enquanto os norte-americanos chamavam os tripulantes de suas espaçonaves de astronautas, os soviéticos chamavam os tripulantes de suas espaçonaves de cosmonautas.

As disputas entre as superpotências aconteciam em diversas áreas. Nos esportes, por exemplo. Enquanto existiu, a União Soviética disputou 9 olimpíadas e venceu 6. Conquistou 395 medalhas de ouro e 1.010 no quadro geral, enquanto que no mesmo período o seu rival conquistou 373 de ouro e 874 no geral.

Outras diferenças:

Ao contrário dos Estados Unidos, o sistema de saúde unificado na União Soviética era público e gratuito. As pessoas simplesmente iam à Policlínica do bairro e eram atendidas. O serviço começou a declinar nos anos 80: faltavam material e suprimentos, mas nunca profissionais de saúde. Em 1985, a União Soviética tinha quatro vezes mais médicos per capita do que os Estados Unidos. 

Na década de 1980, os dois primeiros níveis de ensino eram compulsórios: o aluno começava na pré-escola, até os 7 anos, e depois ia para a secundária, até os 17. Aos 15, os alunos faziam um provão que determinava se continuariam na escola geral (dando acesso ao ensino superior depois de um segundo “vestibular” aos 17) ou se iriam para o ensino técnico. A educação era gratuita em todos os níveis, enquanto que no país norte-americano, apenas nos ensinos fundamental e médio não havia cobrança.

Em 1989, a União Soviética aparecia na primeira posição entre os países com menor desigualdade social, com 0,275 de índice. Já os americanos tinham o índice de 0,382.

Por sua vez, os Estados Unidos tinham em 1990 a 19ª posição entre os melhores índices de desenvolvimento humano. Os soviéticos apareciam na 26ª posição. Neste mesmo ano os norte-americanos também tinham o maior PIB do mundo, e a União soviética vinha logo atrás, na segunda posição.

Referências:

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/guerra-fria-2-o-que-estava-em-jogo-no-conflito-entre-eua-e-urss.htm
https://en.wikipedia.org/wiki/Soviet_Union
https://fred.stlouisfed.org/data/SIPOVGINIUSA
https://hdr.undp.org/system/files/documents/hdr1990escompletonostats.pdf
http://rededoesporte.gov.br/pt-br/megaeventos/olimpiadas/as-edicoes
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-era-a-vida-na-uniao-sovietica#google_vignette
https://www.census.gov/programs-surveys/popest.html
https://www.theodora.com/wfb/1990/rankings/gdp_million_1.html

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Os Roubos E As Matanças Dos Grandes Colonizadores


O desenvolvimento da expansão marítima europeia que se deu a partir do século XV permitiu que diversas partes do mundo passassem a se relacionar de forma mais constante, em um processo que para muitos estudiosos se caracterizou como um primeiro estágio da globalização, tão evidente nos dias atuais. As relações comerciais se ampliaram, as civilizações se confrontaram e as trocas culturais ficaram ainda mais intensas. 

Embora tais inter-relações tenham se fortalecido em boa parte do cenário mundial, elas ocorreram destacadamente em favorecimento dos conquistadores europeus. Portugal e Espanha, pioneiros nessa aventura marítima, ampliaram suas áreas de influência por diversas regiões do além-mar. Os continentes africano e asiático, já conhecidos pelos europeus, tiveram suas riquezas ainda mais exploradas, abrindo-se novas rotas comerciais que ligavam seus mercados à Europa ocidental.

Entretanto, foi na América que a ação colonizadora europeia certamente mais se consolidou. A chegada da frota de Cristóvão Colombo à América Central representou apenas o marco inicial da dominação do novo continente pelos europeus. A partir de então, iniciava-se um violento processo de colonização, que levou à exploração e aculturação da população ameríndia.

Estima-se que no início do século XVI a população americana aproximava-se de 50 milhões de pessoas, as quais eram divididas em inúmeros povos que falavam cerca de 2500 idiomas distintos. Só no Brasil, existiam cerca de cinco milhões de indígenas quando os portugueses aqui chegaram.  Com a chegada da primeira leva  de europeus, logo no primeiro século, a população indígena foi reduzida a quatro milhões. As doenças trazidas pelos europeus, a fome, a superioridade militar do colonizador e o trabalho forçado foram os principais fatores para tal genocídio.  

Atualmente, no Brasil,  são cerca de 450 mil indígenas distribuídos por todo o território brasileiro. Ou seja, de cinco milhões, no século 16, temos hoje apenas 450 mil pessoas indígenas, conforme a Funai.

O sistema de exploração utilizado estava inserido na política mercantilista então adotada pelas potências absolutistas europeias. Através do “pacto colonial”, ficavam estabelecidas as condições que proporcionavam às metrópoles a “exclusividade” sobre os negócios coloniais. Por mais que os colonos frequentemente corrompessem o monopólio metropolitano (através do contrabando), boa parte da produção colonial tinha como destino os cofres europeus, o que possibilitou o enriquecimento do Velho Mundo em prejuízo do continente americano.

Os colonos que chegaram com Martim Afonso de Souza, trouxeram as primeiras mudas de cana-de-açúcar que foram plantadas em 1553 na capitania de São Vicente. Em pouco tempo o açúcar passou a ser a mais importante atividade comercial da colônia, superando a extração de pau-brasil. Mas o início da produção da especiaria pelos holandeses em suas colônias nas Antilhas fez o preço do produto brasileiro ter uma queda de 50% nos mercados internacionais, fazendo com que o governo português passasse a incentivar mais veementemente a busca por ouro, encontrado apenas no final do século XVII por bandeirantes paulistas em Minas Gerais.

Nos primeiros 70 anos do século XVIII o Brasil produziu mais ouro do que toda a América espanhola em 357 anos. Essa produção correspondeu a 50% de todo o ouro mundial entre os séculos XV e XVIII. Mas grande quantidade desse minério transferiu-se para a Inglaterra, com quem Portugal tinha grande dívida e grandes negócios, além de comprar dos ingleses toda a tecnologia de que precisava, perdendo assim a oportunidade de se desenvolver.

Portugal foi também o país que mais traficou pessoas da África para as Américas. Escravizou os povos das ex-colônias e manteve um intenso e massivo tráfico de escravos, primeiro para o Brasil e, posteriormente, para o sul dos Estados Unidos e Cuba. Entre 1501 e 1875, o tráfico português de escravos para o Brasil atingiu 5.848.266 pessoas, um número superior ao tráfico promovido pela Espanha (1.061.524), Grã-Bretanha (3.259.441) e Holanda juntos (554.336).


Continente Africano

Mesmo que os continentes africano e europeu já realizassem trocas das mais diversas, foi apenas com o início das navegações e do interesse econômico europeu no desenvolvimento de impérios coloniais que a colonização do território africano entrou em cena. Essa colonização acabou fortalecendo a visão de que a Civilização Ocidental seria um marco de superioridade no mundo, em oposição às outras “raças”. Com isso, acabou-se gerando o silenciamento e apagamento histórico de várias partes do mundo, especialmente da África. 

Uma das principais ações coloniais da Europa no continente africano foi o que se convencionou chamar de a "partilha da África". Essa partilha ignorou as delimitações territoriais dos espaços políticos pré-coloniais existentes na África. A ação foi fruto da Conferência de Berlim, que ocorreu entre 1884 e 1885, sendo conduzida pelo antigo chanceler alemão Otto Von Bismarck (1815-1898). Ao fim da conferência e com os seus desdobramentos, países como a Inglaterra, França, Portugal, Itália, Alemanha, Espanha e Bélgica haviam dividido entre si o continente africano, em territórios coloniais sobre a sua hegemonia.

A divisão que, apesar de aceita pelas potências da época, gerou revoltas e as mais diversas resistências por parte dos povos africanos que não aceitavam ficar sobre o jugo e poderio europeu. E foi a partir daí que a Alemanha se estabeleceu como poder colonial na África. E como a história tem revelado, uma das principais formas de imposição da ordem europeia no continente, se deu por meio do uso da força.

Em 1904, na região da Namíbia (terra povoada até então por duas grandes etnias: os Herero e os Nama), os alemães residentes usaram da força na tentativa de controlar o que supostamente seria uma revolta. Autorizados pela metrópole, foi dado início ao massacre que durou quatro anos e matou ao menos 80% dos hereros e cerca de 10% dos manas – totalizando cerca de 100 mil pessoas mortas. O fato resultou num dos primeiros genocídios do século XX.

Além das mortes, as terras que pertenciam aos namas e os hereros foram tomadas por colonos alemães, que até hoje possuem o controle sobre elas e aqueles capturados, mas não mortos, foram destinados a uma das primeiras experiências com campos de concentração do século XX e subjugados ao trabalho escravo. O genocídio em Ruanda, por sua vez, ocorreu 90 anos após os acontecimentos na Namíbia e terminou com a morte de cerca de 800 mil pessoas.

Em 1919, com o fim da Primeira Guerra Mundial, enquanto a Alemanha perdia o controle sobre as suas colônias africanas, países como a Bélgica passaram a obter o controle de mais territórios no continente. Desta forma, Ruanda passou a ser de domínio belga. E assim como a Alemanha, a Bélgica usou da força para controlar o seu novo território. Sua principal estratégia de dominação foi colocar as duas principais etnias do território em uma constante disputa: os Hutus e Tutsis. Mesmo após a independência de Ruanda da antiga colônia, a disputa continuou a se perpetuar dentro do território até abril de 1994.

Quando se fala desses dois genocídios, em se tratando da comunidade internacional, pode-se afirmar que essa nada fez para impedir que eles ocorressem; as práticas coloniais, que inclusive incentivam o uso da força dos europeus contra os africanos, eram em muito defendidas, e as disputas entre as etnias africanas, como os Hutus e Tutsis, por mais que estivessem sendo incentivadas por interesses externos, eram vistas por essa comunidade como uma disputa entre povos inferiores e não civilizados.

A responsabilidade por esses genocídios é daqueles que mais se beneficiaram dessas mortes: os países colonialistas europeus. E é justamente por conta dessa disputa de interesses que, em termos gerais, relembramos que a descolonização da África não foi fruto da bondade europeia, mas sim de lutas empreendidas pelos povos africanos contra o poder colonial.

Ainda hoje o continente africano tem enfrentado diversos desafios em torno do desenvolvimento dos seus Estados e povos. É necessário relembrar que não se pode falar das lutas por liberdade do século XX sem mencionar as dos países africanos contra as suas antigas colônias europeias e, consequentemente, contra os regimes de segregação que existiam dentro do continente, como no caso da luta contra o apartheid na África do Sul.


Ásia

Na Ásia o Imperialismo  ocorreu ao longo do século XIX quando potências europeias, o Japão e os Estados Unidos deram início às ocupações. A expansão para a Ásia se deveu a fatores econômicos como a garantia de matérias-primas para as indústrias, mercado para os produtos e ideológicos como "civilizar" estes povos. 

A ocupação das Índias, nome genérico para as terras "descobertas", começou durante a chamada Revolução Comercial ocorrida entre os séculos XV e XVII. Desta maneira, estavam garantidos produtos como as especiarias, porcelanas e toda gama de mercadorias que não se encontravam na Europa.

Os portugueses foram os primeiros europeus autorizados a constituir portos em certas regiões da Índia, China e Japão. No entanto, com a Revolução Industrial, o cenário econômico europeu mudou. Com o surgimento das fábricas, se produzia mais e se necessitava mais matérias-primas. Ao mesmo tempo, era preciso menos mão de obra e o desemprego aumentou.

Dessa maneira, nações industrializadas como França e Inglaterra serão as novas protagonistas da conquista imperialista aos países asiáticos. Nesse contexto, Inglaterra, França e Holanda foram ocupando territórios na África e na Ásia. Mais tarde, o Império Alemão também se lançaria à conquista de regiões por estes continentes.

Igualmente, o Japão aproveita para invadir a península coreana e parte da China. Os Estados Unidos começarão a ocupar ilhas do Pacífico e o símbolo desta conquista será o Havaí. A Índia foi ocupada gradativamente por ingleses e franceses a partir do século XVIII. No entanto, os franceses tiveram que renunciar e conquistar mais territórios nesta região após a Guerra dos Sete Anos.

Assim, as zonas pertencentes à Grã-Bretanha ficaram sob a administração da Companhia das Índias Orientais, enquanto outras eram gestionadas sob regime de protetorado. Isto significava que muitos dos governadores locais, os marajás, mantiveram seu poder, mas a atividade agrícola passou a ser do cultivo de algodão e juta, destinadas às fábricas inglesas. Como consequência, os alimentos escassearam e houve fome no campo. Esta situação, aliada às crescentes medidas discriminatórias impostas pelas autoridades britânicas, levaram a sublevações como a Revolta dos Cipaios, ocorrida em 1857.

Os indianos foram derrotados dois anos depois e, entre as consequências da revolta, esteve o endurecimento do poderio inglês. A Companhia das Índias Orientais é dissolvida e a Índia é incorporada oficialmente ao Império Britânico, através da coroação da Rainha Vitória como Imperatriz da Índia, em 1876.

As imposições inglesas à China foram devastadoras. O governo chinês dificultou as transações comerciais de chá pleiteadas pela Grã-Bretanha, que encontrou no ópio a solução para a obter mais lucro. A substância, por seus efeitos devastadores, era proibida na Grã-Bretanha, mas foi vendida à população chinesa. Em pouco tempo, as pessoas se tornaram dependentes e o governo chinês fez um apelo aos britânicos que não o comercializassem mais. Tudo isso foi em vão. Como reação, os chineses queimaram em 1839 ao menos 20 mil caixas de ópio, no porto de Cantão. Em seguida, resolveram fechá-lo aos britânicos que tomaram esta atitude como uma agressão e declararam guerra ao país.

O episódio ficou conhecido como Guerra do Ópio e teve efeitos catastróficos para os chineses, obrigados a assinar, em 1842, o Tratado de Nanquim. O tratado determinava a abertura de cinco portos chineses para os ingleses e a transferência de Hong Kong para a Grã-Bretanha. O Tratado de Naquim foi o primeiro da série de "tratados desiguais" onde o Reino Unido tinha muito mais vantagens comerciais que a China. A França e os Estados Unidos aproveitaram a fragilidade da China para assinarem tratados comerciais com este país.

O golpe maior, porém, ocorreu em 1851, na Revolta de Taiping (1851-1864), motivada por questões religiosas, pela insatisfação dos camponeses com o governo imperial e com a invasão estrangeira. Os americanos e britânicos apoiaram militarmente o Imperador a fim de garantir futuras vantagens. Calcula-se que o conflito tenha deixado 20 milhões de mortos entre feridos de guerra, fome e doenças. A dinastia reinante jamais recuperou o prestígio após o conflito civil e ainda teve que conceder mais benefícios comerciais às potências europeias.

Em 1864, derrotados, os chineses viram seu território ser retalhado entre Alemanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Japão e Rússia. Nova derrota ocorreu após a Guerra dos Boxers, um movimento nacionalista chinês. Dessa vez, a China foi obrigada a aceitar a política de portas abertas, onde era obrigada a abrir todos os portos à comercialização de produtos estrangeiros.


Oceania

Último continente a ser encontrado pelos europeus e chamada de Novíssimo Mundo, a Oceania teve a primeira onda massiva de emigrados por volta de 6000 a.C. com a chegada dos austronésios oriundos de Taiwan. Eles se propagaram pelas Filipinas e Índias Orientais, até chegarem à Nova Guiné.

Já no período moderno, os britânicos anexaram a Austrália aos seus domínios em 1770, quando habitavam cerca de 300 mil nativos subdivididos em cerca de 600 tribos, as quais encontravam-se num estágio cultural muito primitivo, fato que facilitou a dominação pelos ingleses.

No século XVIII a ocupação foi feita por prisioneiros e exilados, bem como pelo estabelecimento de um número reduzido de colonos. Eles se dedicaram ao desenvolvimento da pecuária, uma das principais atividades até hoje. Além da pecuária (sobretudo a ovina) desenvolvera-se uma produção de trigo com sucesso.

Como resultado deste domínio, a população indígena decai. Os britânicos impõem sua cultura e seus modos de vida, fazendo com que os nativos se tornem a minoria no continente.

Fonte:

https://tematica21.blogspot.com/2023/02/riqueza-sobre-sangue-os-roubos-e-as.html

domingo, 1 de dezembro de 2024

A AIDS Na Atualidade


A AIDS (Sindrome da Imunodeficiência Adquirida) foi reconhecida em meados de 1981, nos Estados Unidos, a partir da identificação de um número elevado de pacientes adultos do sexo masculino, homossexuais e moradores de São Francisco ou Nova York, que apresentavam sarcoma de Kaposi, pneumonia por Pneumocystis carinii e comprometimento do sistema imune. Todos estes fatos convergiram para a inferência de que se tratava de uma nova doença, ainda não classificada, de etiologia provavelmente infecciosa e transmissível."

77,5 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV e 34,7 milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS desde o início da epidemia até o final de 2020.

A síndrome se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema imunológico do corpo, com o organismo mais vulnerável ao aparecimento de doenças oportunistas, que são doenças que normalmente o corpo humano controla, mas que na presença do HIV elas se manifestam com maior frequência. Entre elas estão tuberculose, toxoplasmose ou alguns tipos de câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado com a presença do HIV no organismo.

O organismo humano reage diariamente aos ataques de bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do sistema imunológico. Muito complexa, essa barreira é composta por milhões de células de diferentes tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por manter o corpo funcionando livre de doenças.

Entre as células de defesa do organismo humano estão os linfócitos T CD4+, principais alvos do HIV. São esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante de bactérias, vírus e outros micróbios agressores que entram no corpo humano.

O HIV, dentro do corpo humano, começa a atacar o sistema imunológico ligando-se a um componente da membrana dessa célula, o CD4, penetrando no seu interior para se multiplicar. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começa a ficar doente mais facilmente e então se diz que tem AIDS. Antes, este momento marcava o início do tratamento com os medicamentos antirretrovirais, que combatem a reprodução do vírus. Na atualidade (desde 2014) a indicação é de iniciar o tratamento imediatamente após o diagnóstico.

Há alguns anos, receber o diagnóstico de AIDS, ou um resultado positivo para um exame de HIV, era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas. Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. Os medicamentos atuais também garantem eficácia para quase todas as pessoas que desenvolveram AIDS.

Foto:

NIAID

Fontes:

https://brasilescola.uol.com.br/doencas/origem-epidemia-de-hiv.htm
https://giv.org.br/HIV-e-AIDS/O-Que-%C3%A9-a-AIDS/index.html
https://unaids.org.br/wp-content/uploads/2021/06/2020_11_19_UNAIDS_FactSheet_PORT_Revisada-Final.pdf

domingo, 17 de novembro de 2024

A Menor Carga Horária Trabalhada Entre As Maiores Economias Do Mundo


No momento em que se discute uma proposta de emenda à Constituição visando o fim da escala de trabalho 6X1 no Brasil, que é um dos países do G20 em que mais se trabalha semanalmente, surge a seguinte dúvida: Qual a menor carga horária entre as maiores economias do mundo?

Entre os mais ricos, a Holanda é o país em que a população trabalha menos horas. Lá, a jornada semanal apresenta uma média de 31,6 horas trabalhadas. Em seguida vem o Canadá com 32,1 horas e a Alemanha com uma média de 34,2 horas semanais.

Outro fator que diferencia a Holanda do Brasil é o salário mínimo: lá, um trabalhador que cumpre uma jornada semanal média de 32 horas e quatro semanas ao mês ganha cerca de 1.700 euros, com base no valor de 13,68 euros por hora. Além disso, a pausa para o almoço é de apenas 30 minutos e, geralmente, não é remunerada.

Fonte:

https://g1.globo.com/globonews/jornal-globonews-edicao-das-18/noticia/2024/11/11/brasil-e-um-dos-paises-do-g20-em-que-mais-se-trabalha-veja-a-carga-horaria-pelo-mundo.ghtml

sábado, 9 de novembro de 2024

Muro De Berlim E O Início Da Queda


Durante uma onda revolucionária de libertação ao comando de Moscou que varreu o Bloco Leste, o governo da Alemanha Oriental anunciou em 9 de novembro de 1989, após várias semanas de distúrbios civis, que todos os cidadãos da RDA poderiam visitar a Alemanha Ocidental Capitalista e Berlim Ocidental. Multidões de alemães orientais subiram e atravessaram o muro juntando-se aos alemães ocidentais do outro lado, em uma atmosfera de celebração. Ao longo das semanas seguintes, partes do muro foram destruídas por um público eufórico e por caçadores de souvenirs. 

Mais tarde, equipamentos industriais foram usados para remover quase o todo da estrutura. A queda do Muro de Berlim abriu o caminho para a reunificação alemã que foi formalmente celebrada em 3 de outubro de 1990. Muitos apontam este momento também como o fim da Guerra Fria. O governo de Berlim incentiva a visita do muro derrubado, tendo preparado a reconstrução de trechos do muro. Além da reconstrução de alguns trechos, está marcado no chão o percurso que o mesmo fazia quando estava erguido.

A construção aconteceu após a Segunda Guerra Mundial, quando a Europa foi dividida entre a União Soviética e seus ex-aliados ocidentais, e os soviéticos gradualmente ergueram a "Cortina de Ferro" para separar o Oriente do Ocidente.

A Alemanha derrotada foi dividida em duas por Estados Unidos, Reino Unido, França e União Soviética. A parte oriental foi ocupada pelos soviéticos e, batizada como República Democrática Alemã, tornou-se o ponto de apoio da União Soviética na Europa Ocidental.

Berlim foi dividida em quatro pedaços, com as zonas britânicas, francesas e americanas a oeste e uma zona soviética a leste. Berlim Ocidental tornou-se uma ilha cercada pela Alemanha Oriental comunista.

O muro foi finalmente construído em 1961, porque muitas pessoas estavam deixando Berlim Oriental rumo ao Ocidente.

Oficialmente capital das duas Alemanhas (embora o governo ocidental ficasse sediado em Bonn), Berlim foi cortada ao meio, fisicamente, pelo muro de concreto com 155 km de extensão e 3,6 metros de altura. Quem tentasse cruzar de um lado para outro poderia ser morto – o que, de fato, aconteceu com pelo menos 100 pessoas.

A partir de meados dos anos 1980, com as políticas reformistas do dirigente soviético Mikhail Gorbatchev (a Perestroika, na economia, e a Glasnost, na política), a tensão entre as duas Alemanhas começou a diminuir e outros países do Leste Europeu acompanharam as mudanças. Em setembro de 1989, depois que o governo da Hungria abriu as fronteiras com a Áustria, milhares de cidadãos da Alemanha Oriental começaram a sair do país, atravessando a antiga Tchecoslováquia, chegando à Hungria e, em seguida, ao território austríaco. 

Dali, eles tinham livre acesso ao mundo ocidental. O governo alemão oriental, que até então tinha se mantido imune às tendências de reforma dos países vizinhos, teve que ceder: em 9 de novembro, vencido pelas manifestações populares e pela onda de emigração em massa, abriu os postos de fronteira com a Alemanha Ocidental.

Na noite daquele mesmo dia, mais precisamente às 23h, o muro começava a ser derrubado por berlinenses eufóricos com marretas, martelos e picaretas. Um dia após a abertura de todas as fronteiras, soldados da Alemanha Oriental começaram a derrubar uma parte do Muro. Guindastes arrancaram pesados blocos de concreto, e seus pedaços foram distribuídos como souvenir. Os alemães de ambos os lados da cidade subiram e dançaram em cima daquele que havia sido, nas décadas anteriores, o grande divisor simbólico do mundo. 

Foto:

© Tom Stoddart/​Getty Images

Fontes:

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-50323088
https://memoriaglobo.globo.com/jornalismo/coberturas/queda-do-muro-de-berlim/noticia/queda-do-muro-de-berlim.ghtml
https://pt.wikipedia.org/wiki/Muro_de_Berlim
https://www.todamateria.com.br/queda-do-muro-de-berlim/

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Eleições dos Estados Unidos e o Possível Retorno da Extrema Direita


Apontado por muitos como a maior democracia do mundo, nos Estados Unidos apenas dois partidos se revezam no poder há décadas.

Um dia antes das eleições, as pesquisas continuam mostrando indefinição na disputa entre democratas e republicanos.

Nem mesmo com todo apoio de celebridades da música e do cinema Kamala consegue abrir vantagem ao seu oponente, tendo Trump grandes possibilidades de retornar ao poder, ou, no mínimo, provocar muito agito ao novamente contestar uma possível derrota, ainda mais com diferença tão pequena de votos como promete ser.

Por aqui, a esquerda anda em baixa, dando a possibilidade de o futuro repetir o passado recente, porém, com novos personagens.

domingo, 27 de outubro de 2024

Alguns Países Que Não Têm Exército


As forças armadas são vistas como algo bastante necessário para muitos países, no entanto, o investimento para manter a instituição é bastante alto.

No Brasil, a folha de pagamento dos militares é, em termos proporcionais, mais de três vezes maior que a vista nos Estados Unidos. Atualmente, 78% dos gastos militares brasileiros são destinados a pessoal da ativa, da reserva e pensões. 

Dados do Portal da Transparência mostram que há 362.574 militares da ativa, 169.793 inativos e outros 235.416 recebem pensões de militares. Juntos, essas pessoas receberão R$ 77,4 bilhões, conforme previsão orçamentária de 2024.

Ao longo da história, alguns países resolveram deixar de ter forças armadas. É o caso da Costa Rica que optou pela abolição militar a partir de 1948 e permitiu ao país triplicar sua cobertura educacional e de saúde. A nação centro-americana também viu seu crescimento econômico ser impulsionado.

A extinção das forças armadas trouxe muito mais vantagens do que a imagem internacional de pacifismo ou a já conhecida estabilidade política alcançada em meados do século passado. Os benefícios dessa decisão agora são medidos diretamente em números, em um progresso alavancado pelo investimento social que aumentou depois de 1948, como conclui a pesquisa estatística e histórica desenvolvida por um instituto da Universidade da Costa Rica (UCR).

Os índices de bem-estar que mantêm o país acima da média latino-americana podem ser explicados em parte pelo crescimento do investimento na educação e na saúde depois da eliminação do Exército, aponta o estudo do Observatório de Desenvolvimento da UCR. O investimento social quintuplicou — passou de 2,6% do PIB para 13,4% — nos 25 anos posteriores à decisão implantada pelo presidente José Figueres.

No mesmo período, a Costa Rica elevou de 15% para 35% o investimento na educação e triplicou o número de escolas (2.610 em 1974). Também aumentou para 29% do PIB os recursos destinados à saúde e triplicou a porcentagem da seguridade social da população (66% em 1974), de acordo com dados coletados pelos pesquisadores Alejandro Abarca e Suráyabi Ramírez. Eles analisaram dados da base de história econômica do Centro de Estudos Latino-Americanos de Oxford e seguiram um método de “controle sintético” para precisar os efeitos atribuíveis à abolição do Exército.

O avanço na educação e na saúde, explicam, teve um impacto sobre a taxa de crescimento médio da economia, que foi de 1,33% do PIB antes de 1949 a 2,44% na segunda metade do século XX. “Esse choque é único na América Latina”, diz o estudo, que aponta a Costa Rica como o país com a segunda maior taxa de crescimento nesse período. Tal expansão sem precedentes coincide, acrescenta a pesquisa, com uma série de mudanças institucionais realizadas em grande parte graças à estabilidade política.

Mas a Costa Rica não é o único país sem forças armadas. Na Europa, o pequeno Liechtenstein optou pela abolição militar em 1868, quando seu exército era formado por 80 soldados. No entanto, a nação de pouco mais de 39 mil habitantes não está completamente indefesa. A Constituição afirma: “Todo aquele que for capaz de portar armas é obrigado a defender a pátria em caso de emergência até atingir a idade de 60 anos”. 

Em Samoa, na Oceania, nunca houve força militar desde que o país foi fundado; contudo, existe uma pequena força policial e uma unidade de vigilância marítima. Esta unidade está equipada com armamento ligeiro e um navio de patrulha. De acordo com o Tratado de Amizade de 1962, a Nova Zelândia é responsável por assegurar a defesa militar do país.

Apesar de não ter uma força armada desde 1869, a Islândia é um país membro da OTAN. Anteriormente havia um acordo de defesa com os Estados Unidos, que deteve uma base militar entre 1951 e 2006; contudo, o acordo foi alterado, tendo os Estados Unidos se comprometido em assegurar a defesa armada (através da Força de Defesa da Islândia) sem ter uma força militar permanentemente estacionada no país. Apesar de não ter um exército, o país possui uma força militar expedicionária voluntária, um sistema de defesa aérea, uma guarda costeira militarizada e uma força especial dentro da polícia. Além disto, detém vários acordos de segurança e defesa com a Noruega, a Dinamarca e outros países da OTAN.

Andorra também nunca teve um exército ou ministério da defesa. Há séculos, apenas em situações excepcionais, convoca-se o Somatén, uma milícia popular formada por todos os chefes de família que têm entre 21 e 60 anos.

Já, o Panamá aboliu as suas forças armadas em 1990, ato confirmado através do voto unânime do parlamento em 1994 que alterou a constituição. As Forças Públicas do Panamá incluem a polícia, um serviço de patrulhamento das fronteiras, um serviço aeronaval e um serviço de proteção institucional, que detém alguma capacidade bélica.

Foto: 

Freepik

Fontes:

https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/fernando-nakagawa/economia/macroeconomia/gasto-militar-com-pessoal-no-brasil-e-proporcionalmente-mais-que-o-triplo-dos-eua/
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/12/03/internacional/1543808543_748985.html
https://www.nzz.ch/schweiz/schweizer-armee-in-liechtenstein-ld.698861?_x_tr_sl=de&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=sc
https://visitandorra.com/pt/informacoes-para-o-visitante/o-pais/curiosidades-sobre-andorra/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_sem_for%C3%A7as_armadas

domingo, 28 de junho de 2020

Grandes Cidades da América do Norte

Cidade do México

A capital do México é um dos mais importantes centros políticos, culturais, educacionais e financeiros da América do Norte. Classificada como a oitava cidade mais rica do mundo, localiza-se à uma altitude de mais de 2.000 metros entre duas grandes cadeias montanhosas. Em 2016 sua população foi estimada de 8.918.653 habitantes conforme dados do governo. Sua população metropolitana no entanto contava com 21.200.000 habitantes, tornando a área mais populosa do Hemisfério Ocidental. A capital mexicana é também a maior cidade de língua espanhola do mundo. 

Foto: lonelyplanet.com

Sua cultura é resultado da rica história e das tremendas transformações pelas quais passou nos últimos tempos. A cidade é habitada há mais de 10.000 anos, o que a torna uma das civilizações mais antigas de que se tem notícia. É um lar para pessoas de diferentes esferas da vida e também de diferentes nacionalidades como europeus, africanos e também asiáticos. A cultura na Cidade do México também é muito influenciada pelos inúmeros grupos étnicos que residem no país. Não há números oficiais sobre a população imigrante, mas as estimativas mostram resultados significativos, incluindo a maior população de pessoas dos EUA fora dos Estados Unidos. Estima-se que haja 700.000 imigrantes norte-americanos na cidade.

Foto: wanderingtrader.com

Com rápido crescimento ao longo do último século, a cidade enfrentou inúmeros problemas, incluindo a incapacidade de manter os serviços e a moradia, o que levou a enormes favelas na periferia como Neza-Chalco-Itza, que tem uma população estimada em 4 milhões. Por outro lado a cidade abriga a sede dos maiores bancos do país, seguradoras e muitas empresas internacionais de serviços financeiros para a América Latina. Seu distrito comercial, Santa Fé, tem a maior parte da sede das empresas e também abriga a bolsa de valores mexicana. As principais indústrias da cidade estão relacionadas à construção e à produção de ferro e aço, têxteis e fios, plásticos, móveis e cimento. A indústria do turismo também gera algumas oportunidades de emprego.


Nova York

Nova York é de longe a maior cidade dos Estados Unidos, com uma população estimada em 2017 de 8.622.698 habitantes. A cidade tem grande influência e impacto na economia mundial nas áreas de entretenimento, mídia, educação, arte, tecnologia e pesquisa científica. Nova York é, na verdade, uma coleção de muitos bairros espalhados entre os cinco distritos da cidade: Manhattan, Brooklyn, Bronx, Queens e Staten Island - cada um exibindo seu próprio estilo de vida. 

Foto: nationalgeographic.com

Lá, mais de 800 idiomas são falados, tornando-se a cidade com maior diversidade lingüística do mundo. 4 em cada 10 famílias falam outra língua que não o inglês. Mais chineses vivem lá do que em qualquer outra cidade fora da Ásia. Mais judeus vivem lá do que qualquer outra cidade fora de Israel. A disparidade de renda entre seus cidadãos é muito ampla. De acordo com o último censo, a renda familiar média de um cidadão rico era de US $ 188.697 por ano, e a renda mediana mais pobre era de US $ 9.320. Esta cidade abriga o maior número de milionários e bilionários do mundo.

Foto: nycgo.com

Com mais de 200.000 empresas, é um dos principais centros econômicos e financeiros do país. Todas as principais instituições financeiras do mundo - incluindo cerca de 400 bancos estrangeiros - têm escritórios lá. Com mais de 130 hospitais; seu sistema hospitalar público é o maior do país, empregando mais de 45.000 pessoas. 


Los Angeles

Los Angeles tinha uma população oficial no censo de 2010 de 3.792.621 e sua área metropolitana somava mais de 12,8 milhões de habitantes. A cidade é incrivelmente diversificada, lar de pessoas de mais de 140 países que falam 224 idiomas. Os mexicanos compõem o maior grupo étnico de latinos de Los Angeles, com 31,9% da população, seguidos pelos salvadorenhos (6%) e guatemaltecos (3,6%). Embora a população latina esteja espalhada por toda a cidade e sua área metropolitana, ela está mais concentrada no leste.


Foto: lacity.org

Os maiores grupos étnicos asiáticos incluem filipinos (3,2%) e coreanos (2,9%), que estão concentrados principalmente em Koreatown e Historic Filipinotown, respectivamente. Os chineses, que representam 1,8% da população, vivem principalmente fora dos limites da cidade, embora tenham uma grande presença em Chinatown. Thaitown e Chinatown são o lar de muitos tailandeses e cambojanos, enquanto os japoneses representam 0,9% da população e vivem principalmente em Little Toyko, no centro de Los Angeles, e na área de Sawtelle, no oeste.

Foto: ewddlacity.com

Após um longo período de crescimento no século XX, a economia local passou por uma recessão nos anos 90. Uma forte recuperação começou no meio da década, e a economia mostrou considerável resiliência , particularmente na área de alta tecnologia. No final do século, os setores de emprego que mais cresciam eram a construção, transporte, serviços públicos, finanças, seguros, imóveis e serviços governamentais. Como as fábricas menos lucrativas fecharam ou se mudaram para outros países, os empregos com salários mais altos diminuíram. Os empregadores locais dependem cada vez mais do trabalho imigrante. 


Chicago

A última estimativa para a população de Chicago em 2016 foi de 2.720.546 habitantes. Segundo os dados do censo de 2010, a área metropolitana abrigava 9.504.753 pessoas. Sua composição racial (com base nos resultados do censo de 2010) inclui 45% de brancos, 32,9% de negros, 5,5% asiáticos, 0,5% de índios. A distribuição geográfica da raça em Chicago é em grande parte resultado da política de alocação de moradias historicamente racista, que forçou sua população negra a morar no lado sul, região menos valorizada da cidade.
Foto: thediyplaybook.com

Chicago tem mais de 5.195 restaurantes, mais de 250 teatros, 56 museus, mais de 225 quilômetros de ciclovias e mais de 13.000 bicicletários. 

Foto: wpr.org

A cidade é há muito tempo um dos principais centros de fabricação e distribuição do país. Importantes indústrias de manufatura incluem aço, equipamentos de telecomunicações, acessórios para automóveis, equipamentos agrícolas, instrumentos científicos, motores a diesel, eletrônicos de consumo, tintas e produtos alimentícios.


Toronto

Toronto é a maior cidade do Canadá e a quarta maior da América do Norte e abriga uma população diversificada de cerca de 2,8 milhões de pessoas. É um centro global de negócios, finanças, artes e cultura e é consistentemente classificada como uma das cidades mais habitáveis ​​do mundo. Também é considerada uma das cidades mais multiculturais e como uma das áreas metropolitanas mais seguras da América do Norte.

Foto: huffingtonpost.ca

Os dois idiomas oficiais do Canadá são inglês e francês. Em Toronto, mais de 140 idiomas e dialetos são falados e pouco mais de 30% dos residentes da cidade falam um idioma diferente do inglês ou do francês.

Foto: seetorontonow.com

Toronto é cosmopolita e a população estrangeira reflete seu papel como um importante destino para os imigrantes no Canadá. Cerca de 49% de sua população é nascida fora do do país. A capital comercial do Canadá é também um dos principais centros financeiros do mundo

Fontes:

http://www.nycgo.com

http://worldstrides.com
worldpopulationreview.com
www.encyclopedia.com
www.choosechicago.com
www.cmc-canada.ca
www.informationplanet.ca
www.mexicocity.com

Veja também:


domingo, 12 de abril de 2020

Grandes Cidades da América do Sul

São Paulo

A capital mais rica e populosa do Brasil gera sozinha nada menos que 10% de toda riqueza nacional. Sua população estimada pelo IBGE em 2018 era de 12.176.866 pessoas, sendo a terceira maior cidade do mundo em número de habitantes e o metro quadrado mais caro do país. A distribuição da população paulistana em seus 96 distritos é bastante heterogênea. A diferença entre o menor distrito em termos populacionais, Marsilac (8.398 habitantes), e o maior, Grajaú (387.148 habitantes), é de 46 vezes.


A economia do município de São Paulo é diversificada, com predomínio do setor de serviços, que responde por quase 89% de seu produto interno bruto – na média do estado essa participação é de 77%. Moram 326 mil descendentes de japoneses em São Paulo, o que faz dela a cidade mais nipônica fora do arquipélago oriental. Contando a região metropolitana inteira, são meio milhão de descendentes, o que tornaria a Grande São Paulo uma ‘cidade japonesa’ de médio porte, equivalente a Nagasaki e Nagano. 


A segunda metade do século XIX foi marcada por um dos maiores movimentos de migração de povos no mundo. Muitos, especialmente os italianos, cruzaram o atlântico e vieram para o Brasil, principalmente para São Paulo. A oferta de mão de obra atraiu empresas e investidores e o progresso na região também despertou atenção de milhares de trabalhadores brasileiros, a maioria do Norte e Nordeste do país.


Lima

Lima é uma das mais importantes cidades da América do Sul e é declarada Patrimônio Cultural da Humanidade. A capital peruana é considerada o centro comercial, financeiro, cultural e político do país. Internacionalmente, a cidade ocupa o quinto lugar entre as mais populosas da América Latina e do Caribe, e é uma das quarenta aglomerações urbanas mais povoadas do mundo. 


Sua população excede 8,5 milhões de habitantes, quase um terço de todos os habitantes do Peru e se divide entre mestiços, crioulos e ameríndios. No país também existem muitos imigrantes europeus (espanhóis, franceses, italianos e alemães) e, principalmente, asiáticos (chineses e japoneses). 


A cidade está localizado na costa central do país, ao longo do Oceano Pacífico, formando uma extensa e populosa área urbana conhecida como Lima Metropolitana, ladeada pelo litoral e deserto estendido ao longo dos vales dos rios Chillon, Rimac e Lurin. As fábricas que compõem a área metropolitana chegam a cerca de 7.000. Essa importância industrial deve-se à grande quantidade de mão de obra que além de ser barata é de qualidade. Empresas como as especializadas em têxteis ou alimentos são as mais comuns, mas também há as de produtos químicos, couro e derivados de petróleo.


Bogotá

A capital colombiana está localizada na Sabana de Bogotá, no Planalto Cundiboyacense, na Cordilheira Oriental dos Andes, a uma altitude de cerca de 2.630 metros acima do nível do mar. Possui uma área total de 1.776 km² e uma área urbana de 307 km². 


Bogotá destaca-se como importante centro econômico e industrial. É a maior e mais populosa cidade do país, além de ser o mais importante centro cultural, industrial, econômico e turístico da Colômbia e um dos mais importantes da América Latina. Sua população estimada em 2018 era de cerca de 8 milhões de pessoas no Distrito Capital e cerca de 11 milhões de pessoas na área metropolitana. Bogotá foi considerada uma das cidades mais perigosas do mundo, com uma taxa de homicídios de 81 pessoas por 100.000 habitantes. O número diminuiu para cerca de 16 pessoas por 100.000 nos últimos dois anos. 


A cidade tem um dos níveis mais baixos de inflação entre as mais importantes da América Latina. Em 2018 este percentual foi de 3,06%, ficando abaixo de cidades como Buenos Aires, Cidade do México e São Paulo. A região metropolitana reúne 32% das empresas do país e 57% das transações financeiras são feitas lá. A capital colombiana é um exemplo a ser seguido em matéria de ecologia e meio ambiente, tendo 107 metros quadrados de área verde por pessoa e a maior biodiversidade do mundo por quilômetro quadrado.


Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro está localizado no sudeste do Brasil e tem uma população de cerca de 6.700.000 habitantes. A área do município dé de 1.255,3 Km², incluindo as ilhas e as águas continentais.  A região metropolitana do Rio é composta por outros 17 municípios que constituem o chamado Grande Rio, com uma área de 5.384 km. 


A capital carioca também é um dos principais destinos turísticos do mundo. A vibrante cultura da cidade e muitos museus, locais históricos e características físicas - especialmente as praias de Copacabana e Ipanema - atraem grandes multidões de visitantes, assim como eventos e festivais como as celebrações anuais de Carnaval e de Ano Novo. 


As fábricas do Rio produzem alimentos processados, têxteis, móveis, produtos químicos, derivados de petróleo, produtos farmacêuticos e metais. A fabricação de eletrônicos e computadores também começou a desempenhar um papel importante na economia. A cidade também é um grande centro financeiro e bancário tendo o mercado de ações mais ativo do país.


Caracas

Caracas é a capital da República Bolivariana da Venezuela, bem como o mais importante centro administrativo, financeiro, comercial e cultural da nação. Está localizada no centro-norte do país a cerca de 15 km do Mar do Caribe e situada a uma altitude média de 900 metros acima do nível do mar. 


A cidade abriga a maioria das empresas de serviços, alimentos e manufatura da Venezuela, incluindo a PDVSA. Em Caracas, se pode encontrar um sistema de transporte subterrâneo moderno, limpo e funcional. 


De acordo com o Instituto Nacional de Estatística a cidade tem uma população de 3,205,463 habitantes, mas devido ao seu rápido crescimento e sua alta densidade populacional, Caracas ultrapassou os limites administrativos de seu perímetro, cobrindo territórios que fazem o Distrito Metropolitano e até mesmo superando-o, chegando a formar uma aglomeração urbana de cidades satélites com uma população estimada de 4,5 milhões de habitantes.

Referências:

bogota.gov.com
britannica.com
cidades.ibge.gov.br
ecured.cu
encyclopedia.com
enperu.org
es.investinbogota.org
exame.abril.com.br
icm2018.org
limaperu.origenandino.com
rutaschile.com
saopaulo.sp.gov.br
super.abril.com.br
turismo.org
worldpopulationreview.com

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