Durante uma onda revolucionária de libertação ao comando de Moscou que varreu o Bloco Leste, o governo da Alemanha Oriental anunciou em 9 de novembro de 1989, após várias semanas de distúrbios civis, que todos os cidadãos da RDA poderiam visitar a Alemanha Ocidental Capitalista e Berlim Ocidental. Multidões de alemães orientais subiram e atravessaram o muro juntando-se aos alemães ocidentais do outro lado, em uma atmosfera de celebração. Ao longo das semanas seguintes, partes do muro foram destruídas por um público eufórico e por caçadores de souvenirs.
Mais tarde, equipamentos industriais foram usados para remover quase o todo da estrutura. A queda do Muro de Berlim abriu o caminho para a reunificação alemã que foi formalmente celebrada em 3 de outubro de 1990. Muitos apontam este momento também como o fim da Guerra Fria. O governo de Berlim incentiva a visita do muro derrubado, tendo preparado a reconstrução de trechos do muro. Além da reconstrução de alguns trechos, está marcado no chão o percurso que o mesmo fazia quando estava erguido.
A construção aconteceu após a Segunda Guerra Mundial, quando a Europa foi dividida entre a União Soviética e seus ex-aliados ocidentais, e os soviéticos gradualmente ergueram a "Cortina de Ferro" para separar o Oriente do Ocidente.
A Alemanha derrotada foi dividida em duas por Estados Unidos, Reino Unido, França e União Soviética. A parte oriental foi ocupada pelos soviéticos e, batizada como República Democrática Alemã, tornou-se o ponto de apoio da União Soviética na Europa Ocidental.
Berlim foi dividida em quatro pedaços, com as zonas britânicas, francesas e americanas a oeste e uma zona soviética a leste. Berlim Ocidental tornou-se uma ilha cercada pela Alemanha Oriental comunista.
O muro foi finalmente construído em 1961, porque muitas pessoas estavam deixando Berlim Oriental rumo ao Ocidente.
Oficialmente capital das duas Alemanhas (embora o governo ocidental ficasse sediado em Bonn), Berlim foi cortada ao meio, fisicamente, pelo muro de concreto com 155 km de extensão e 3,6 metros de altura. Quem tentasse cruzar de um lado para outro poderia ser morto – o que, de fato, aconteceu com pelo menos 100 pessoas.
A partir de meados dos anos 1980, com as políticas reformistas do dirigente soviético Mikhail Gorbatchev (a Perestroika, na economia, e a Glasnost, na política), a tensão entre as duas Alemanhas começou a diminuir e outros países do Leste Europeu acompanharam as mudanças. Em setembro de 1989, depois que o governo da Hungria abriu as fronteiras com a Áustria, milhares de cidadãos da Alemanha Oriental começaram a sair do país, atravessando a antiga Tchecoslováquia, chegando à Hungria e, em seguida, ao território austríaco.
Dali, eles tinham livre acesso ao mundo ocidental. O governo alemão oriental, que até então tinha se mantido imune às tendências de reforma dos países vizinhos, teve que ceder: em 9 de novembro, vencido pelas manifestações populares e pela onda de emigração em massa, abriu os postos de fronteira com a Alemanha Ocidental.
Na noite daquele mesmo dia, mais precisamente às 23h, o muro começava a ser derrubado por berlinenses eufóricos com marretas, martelos e picaretas. Um dia após a abertura de todas as fronteiras, soldados da Alemanha Oriental começaram a derrubar uma parte do Muro. Guindastes arrancaram pesados blocos de concreto, e seus pedaços foram distribuídos como souvenir. Os alemães de ambos os lados da cidade subiram e dançaram em cima daquele que havia sido, nas décadas anteriores, o grande divisor simbólico do mundo.
Foto:
© Tom Stoddart/Getty Images
Fontes:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-50323088
https://memoriaglobo.globo.com/jornalismo/coberturas/queda-do-muro-de-berlim/noticia/queda-do-muro-de-berlim.ghtml
https://pt.wikipedia.org/wiki/Muro_de_Berlim
https://www.todamateria.com.br/queda-do-muro-de-berlim/
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