A Organização Mundial da Saúde estima que só no Brasil existam mais de 30 milhões de animais abandonados, entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Em cidades de grande porte, para cada cinco habitantes há um cachorro. Destes, 10% estão abandonados. No interior, em cidades menores, a situação não é muito diferente. Em muitos casos o numero chega a 1/4 da população humana.
Na Holanda o governo resolveu a questão do abandono de animais da forma simples com mudança nas leis e campanhas de conscientização. Entre os quatro pilares estabelecidos pelo governo estão leis mais duras que envolve multas de milhares de euros como punição pelo abandono, campanhas de castração, conscientização e altas taxas de impostos para compra de cães de raça. Foi dessa forma que o número de cães abandonados diminuiu, já que os que estavam nas ruas não podiam se reproduzir mais e as pessoas passaram a preferir adotar do que comprar.
Além do abandono, há um grande número de casos de maus-tratos contra os animais cometidos pelos seres humanos como: negligência, espancamentos, queimaduras, tráfico, zoofilia, promoção de rinhas, esgotamento de matrizes devido à exaustiva reprodução, caça ilegal e uso de animais para fins recreativos, entre outros.
Os casos de abandono de animais constituem-se em um grave problema, causando prejuízos para a ecologia, economia, saúde pública e bem-estar animal. Assim como muitos animais são amados por seus tutores, outros são simplesmente descartados como mercadorias sem valor. Os animais errantes podem sofrer de fome, desnutrição, parasitas, doenças, envenenamento e outras formas de abuso. Assim como os humanos, os cães também mostram sinais de estresse emocional por deixar suas casas, enfrentar um novo ambiente e, de repente, estar cercados por dezenas de outros cães. Isso inclui depressão, perda de apetite, inatividade, ganho de peso, nervosismo ou um sentimento de desconfiança que faz o animal se afastar das pessoas e de outros cães.
Em 2015 na Nova Zelândia um projeto de lei em prol do bem estar animal foi aprovado sob a afirmação de que os animais também são seres sencientes e que podem experimentar emoções positivas e negativas, incluindo dor e sofrimento. O projeto também incluiu a proibição do uso de animais para testes de cosméticos.
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