A AIDS (Sindrome da Imunodeficiência Adquirida) foi reconhecida em meados de 1981, nos Estados Unidos, a partir da identificação de um número elevado de pacientes adultos do sexo masculino, homossexuais e moradores de São Francisco ou Nova York, que apresentavam sarcoma de Kaposi, pneumonia por Pneumocystis carinii e comprometimento do sistema imune. Todos estes fatos convergiram para a inferência de que se tratava de uma nova doença, ainda não classificada, de etiologia provavelmente infecciosa e transmissível."
77,5 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV e 34,7 milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas à AIDS desde o início da epidemia até o final de 2020.
A síndrome se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema imunológico do corpo, com o organismo mais vulnerável ao aparecimento de doenças oportunistas, que são doenças que normalmente o corpo humano controla, mas que na presença do HIV elas se manifestam com maior frequência. Entre elas estão tuberculose, toxoplasmose ou alguns tipos de câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado com a presença do HIV no organismo.
O organismo humano reage diariamente aos ataques de bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do sistema imunológico. Muito complexa, essa barreira é composta por milhões de células de diferentes tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por manter o corpo funcionando livre de doenças.
Entre as células de defesa do organismo humano estão os linfócitos T CD4+, principais alvos do HIV. São esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante de bactérias, vírus e outros micróbios agressores que entram no corpo humano.
O HIV, dentro do corpo humano, começa a atacar o sistema imunológico ligando-se a um componente da membrana dessa célula, o CD4, penetrando no seu interior para se multiplicar. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças. Quando o organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começa a ficar doente mais facilmente e então se diz que tem AIDS. Antes, este momento marcava o início do tratamento com os medicamentos antirretrovirais, que combatem a reprodução do vírus. Na atualidade (desde 2014) a indicação é de iniciar o tratamento imediatamente após o diagnóstico.
Há alguns anos, receber o diagnóstico de AIDS, ou um resultado positivo para um exame de HIV, era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas. Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. Os medicamentos atuais também garantem eficácia para quase todas as pessoas que desenvolveram AIDS.
Foto:
NIAID
Fontes:
https://brasilescola.uol.com.br/doencas/origem-epidemia-de-hiv.htm
https://giv.org.br/HIV-e-AIDS/O-Que-%C3%A9-a-AIDS/index.html
https://unaids.org.br/wp-content/uploads/2021/06/2020_11_19_UNAIDS_FactSheet_PORT_Revisada-Final.pdf
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