Encontrado em Heidelberg, Alemanha, no ano de 1860 pelos cientistas Kirchoff e Bunsen, o césio foi o primeiro elemento a ser descoberto por espectroscopia, através da análise do espectro de água mineral. Seu nome tem origem do latim “caesius”, que significa céu azul, em função tanto do metal quanto de seus compostos emitirem uma luminosidade de coloração azul. Atualmente é obtido do mineral polucita, por eletrólise do cloreto ou cianeto de césio fundido.
Polucita
Quimicamente, é um metal capaz de formar vários sais, reage violentamente e exotermicamente com ácidos concentrados e diluídos, com água, ainda serve como catalisador na hidrogenação catalítica na síntese orgânica. Se funde na temperatura da mão e juntamente com o Ga e Hg são os únicos metais líquidos na temperatura ambiente (acima de 28,5°C). O hidróxido de césio obtido, ( CsOH ) é a base mais forte conhecida e ataca o vidro.
Aparelho de radioterapia
Este elemento químico é representado pela sigla Cs, apresentando um número atômico igual a 55, o que indica que ele apresenta em seu núcleo 55 prótons e 55 elétrons em seus orbitais atômicos. Entretanto, em relação ao número de nêutrons existente no seu núcleo, é necessário que saibamos qual é o número de massa de cada átomo de césio. No caso do césio existem vários isótopos (número de massa variando de 129 a 137), veja alguns deles:
Césio 133: utilizado na construção de relógios atômicos. É o único isótopo natural do Césio.
Césio 134 e 135: utilizados para determinar a quantidade de Césio produzida em uma indústria nuclear.
Césio 137: utilizado em equipamentos de radioterapia.
Acidente radioativo de Goiânia
No Brasil, o vazamento do material em 1987, foi considerado um dos maiores desastres radiológicos da história. O caso aconteceu em Goiânia, após dois catadores de lixo entrarem em contato com uma porção de cloreto de césio, o césio-137. O componente químico ficava dentro de um aparelho de tratamento de câncer, que estava em uma clínica abandonada na capital de Goiás. Foram necessários apenas 16 dias para que o “brilho da morte”, como a substância ficou popularmente conhecida, matasse quatro pessoas e contaminasse centenas.
Relógio atômico em Praga
Suas principais aplicações são:
– em relógios atômicos; para se ter uma altíssima precisão em medidas de tempo,
– lâmpadas de infravermelho,
– células fotoelétricas e tubos à vácuo,
– em catálise de hidrogenação de compostos orgânicos,
– em fluídos de perfuração; principalmente na indústria do petróleo e gás,
– na fabricação de vidros especiais para aplicações ópticas,
– equipamentos de monitoração de radiação,
– cloreto, sulfato de trifluoroacetato de césio são usados em procedimentos que envolvem ultracentrifugação; como por exemplo, em casos nos quais se deseja obter o isolamento de partículas virais,
– o isótopo radioativo césio-137 tem uso na medicina e como emissor gama em aplicações industriais,
– sistemas de propulsão iônica espacial
O césio é encontrado principalmente no Canadá, Estados Unidos, África Austral e Zimbábue
Referências:
Fontes de imagens por ordem de exibição:
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