sábado, 6 de abril de 2013

Rafael Sanzio


Usando a pintura e a arquitetura como meios de expressão, Rafael foi considerado um dos grandes mestres do Alto Renascimento ao lado de Michelangelo e Leonardo Da Vinci. 

Rafael Sanzio nasceu em 6 de abril de 1483, na cidade de Urbino, Itália, então epicentro do movimento cultural conhecido como Renascimento. Seu pai, Giovanni Santi, morto em 1492, legou-lhe a devoção à pintura e o aprendizado inicial. Ao completar seis anos o introduziu como estudante no estúdio do famoso pintor italiano Pietro Perugino. 


Madonna Sistina, detalhe Putti (querubins)

O primeiro trabalho registrado de Rafael foi um altar para a Igreja de San Nicola de Tolentin em 1501, mesmo ano em que ele segue para Florença, centro artístico onde se desenvolveram as carreiras de Michelangelo e Leonardo Da Vinci. 

Em 1504 usando a técnica do afresco ou pintura mural aprendida com Perugino, pintou "O Casamento da Virgem", sua primeira obra significativa. 

O Casamento da Virgem

Convidado pelo papa Júlio II, Rafael trabalhou 12 anos na decoração dos aposentos no Vaticano. Nessa fase suas obras de vulto provariam o poder de sua rica e diversificada imaginação. 

Oficializado como arquiteto do Vaticano em 1515, passa a coordenar a sequência dos trabalhos na Basílica de São Pedro e as investigações arqueológicas então realizadas em Roma. Após o falecimento de Júlio II, em 1513, torna-se artista preferido de seu sucessor, Leão X. 

A Sagrada Família

Rafael também assumiu a decoração das galerias do Vaticano e realizou vários outros trabalhos como altares, cenografias, ornamentações sacras, retratos, tapeçarias e planos arquitetônicos direcionados para edificações não religiosas, e igrejas como a de Sant'Eligio degli Orefici. 

Indicado para cuidar das antiguidades de Roma, em 1517, elaborou um mapa arqueológico daquela cidade. Sua última grande obra foi a "Transfiguração", de 1517, ao lado do cenário composto para a peça cômica "I suppositi", do autor Ludovico Ariosto, de 1519. 

Transfiguração

Com seu nome marcado na história do Renascimento, tornou-se famoso especialmente pela produção de suas Madonas, um conjunto de pinturas sobre a Virgem Maria. Sua morte ocorreu em 1520, no dia de seu aniversário.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Canções de Protesto: Comida (Titãs)

Uma das muitas canções de protesto do Titãs, "Comida" faz parte do álbum "Jesus não tem dentes no país dos banguelas" lançado em 1987. A música fez sucesso em uma época em que o país passava por uma fase econômica bastante problemática e o grupo fez questão de lembrar aos governantes que o ser humano tem outras necessidades além de comida e bebida. 



Comida

Bebida é água! 
Comida é pasto! 
Você tem sede de que? 
Você tem fome de que?... 

A gente não quer só comida 
A gente quer comida 
Diversão e arte 
A gente não quer só comida 
A gente quer saída 
Para qualquer parte... 

A gente não quer só comida 
A gente quer bebida 
Diversão, balé 
A gente não quer só comida 
A gente quer a vida 
Como a vida quer... 

Bebida é água! 
Comida é pasto! 
Você tem sede de que? 
Você tem fome de que?... 
A gente não quer só comer 
A gente quer comer 
E quer fazer amor 
A gente não quer só comer 
A gente quer prazer 
Prá aliviar a dor... 

A gente não quer 
Só dinheiro 
A gente quer dinheiro 
E felicidade 
A gente não quer 
Só dinheiro 
A gente quer inteiro 
E não pela metade... 

Bebida é água! 
Comida é pasto! 
Você tem sede de que? 
Você tem fome de que?... 

A gente não quer só comida 
A gente quer comida 
Diversão e arte 
A gente não quer só comida 
A gente quer saída 
Para qualquer parte... 

A gente não quer só comida 
A gente quer bebida 
Diversão, balé 
A gente não quer só comida 
A gente quer a vida 
Como a vida quer... 

A gente não quer só comer 
A gente quer comer 
E quer fazer amor 
A gente não quer só comer 
A gente quer prazer 
Pra aliviar a dor... 

A gente não quer 
Só dinheiro 
A gente quer dinheiro 
E felicidade 
A gente não quer 
Só dinheiro 
A gente quer inteiro 
E não pela metade... 

Diversão e arte 
Para qualquer parte 
Diversão, balé 
Como a vida quer 
Desejo, necessidade, vontade 
Necessidade, desejo, eh! 
Necessidade, vontade, eh! 
Necessidade...

terça-feira, 2 de abril de 2013

A Vida de Viktor Emil Frankl


Viktor Emil Frankl nasceu em Viena, Áustria, no dia 26 de março de 1905. Psiquiatra e psicólogo, Frankl criou um método de tratamento psicológico denominado logoterapia, que explora o sentido existencial do indivíduo e a dimensão espiritual da existência. 

No começo da década de 1920, passou a se corresponder com Sigmund Freud, sendo que nessa mesma época escreveu seu primeiro trabalho: Über den Sinn des Lebens ("Sobre o significado da vida"). 

Em 1921, após sua primeira conferência, sobre o tema A respeito do sentido da vida, Frankl torna-se membro ativo de organizações de trabalhadores socialistas jovens. 

Quatro anos depois, já como estudante de medicina, encontra-se pessoalmente com Freud aproximando-se assim do círculo intelectual liderado por Alfred Adler, porém, por algumas divergências com o mesmo Adler, foi excluído da Association de Psychologie Individuelle no ano seguinte. 

Entre 1933 e 1937 foi chefe do pavilhão de mulheres com tendência de suicídio, no Hospital Psiquiátrico de Viena. Quando os nazistas tomam o poder na Áustria, mesmo sob risco de morte, Frankl sabota as ordens que recebera de proceder à eutanásia de doentes mentais. 

De 1940 a 1942, foi encarregado do departamento de neurologia do hospital judeu Rothschild, em Viena e para evitar que os pacientes judeus fossem liquidados pelos nazistas, vê-se obrigado a fazer dignósticos benígnos. Nesta fase publica artigos em jornais suiços e começa a escrever o livro Aerztliche Seelsorge ("O médico e a alma"). 

Por ser judeu, foi perseguido e preso em campos de concentração. A esposa grávida, seus pais e irmãos morreram nestes campos. Frankl sobreviveu e, estando em situação de completa fragilidade, buscou, acima das dores, um sentido para seu sofrimento. 

Após sua libertação, retornou a suas atividades e nos anos seguintes, foi nomeado Diretor do Hospital Policlínico Neurológico de Viena (1946), obteve seu doutorado em filosofia com o tema: "O Deus inconsciente" (1948), fundou o primeiro instituto de logoterapia do mundo em San Diego na Califórnia (1970). 

Como professor visitante nas Universidades de Harvard, Dallas e Pittsburgh, a figura de Frankl atingiu notoriedade mundial, a despeito de suas teses contrariarem as correntes psicanalíticas tradicionais e dominantes. 

Durante sua vida, seus livros foram traduzidos em mais de 30 idiomas e recebeu o título de doutor honoris causa de diversas instituições de ensino do mundo. Como conferencista, Frankl visitou muitos países. Atualmente, institutos, centros de estudos e associações de logoterapia podem ser encontrados em mais de 30 países. 

Frankl faleceu de parada cardíaca em 2 de setembro de 1997, em Vienna, aos 92 anos.