sexta-feira, 19 de abril de 2019

Dia do Índio: Dia da Hipocrisia Humana


Invadiram a terra e passaram a se dizer donos.
Espalharam sangue e destruição.
Escravizaram, roubaram, estupraram, mataram.
Não respeitaram a cultura nativa; ignoraram qualquer sentimento.
Derrubaram florestas, poluíram rios, exterminaram vidas.
Plantaram maldade onde não existia. 
Acabaram com a paz, trouxeram doenças.
Quiseram ensinar o que consideravam certo. Ensinaram a rezar.
Reduziram e continuam reduzindo ao mínimo os espaços aos que resistem ao tempo.
Está difícil plantar, está difícil pescar.
Onde havia peixe, agora é só veneno.
Onde havia árvore, agora é só asfalto.
Onde havia bicho, agora é só gente que não compreende a importância da natureza.
No lugar da alegria, hoje resta uma agonia, um aperto no peito diante da constatação de que tudo está se perdendo e de um futuro um tanto quanto incerto.
Os verdadeiros brasileiros continuam em estado de extinção.
Pode ser que as gerações futuras vejam os índios apenas em desenhos, fotos ou nas tatuagens que vão estampar os corpos dos filhos daqueles que foram responsáveis pelo extermínio de uma raça.
Mas ainda assim, para compensar tudo que foi tirado, lhes foi dado um dia para comemorar. 
Comemorar o quê?

Eduardo C. Cardoso

terça-feira, 19 de março de 2019

Enquanto isso na base de Alcântara...



O Mercado Bilionário do Veganismo


Em 2020 o mercado vegano movimentará cerca de 18,5 bilhões de reais no mundo. No Brasil, o Instituto Ibope realizou uma pesquisa em 102 municípios entre os dias 12 e 16 de abril de 2018. Segundo aponta a pesquisa, cerca de 30 milhões de pessoas, ou 14% da população, são adeptas, em maior ou menor grau, a uma alimentação que exclui carne do cardápio. O crescimento se deu principalmente nas regiões metropolitanas: em 2012, 8% dos que vivem nessas áreas eram adeptos ao vegetarianismo; esse índice agora é de 16%, maior que a média nacional. Em 2015, a OMS provocou um grande alvoroço ao publicar um relatório afirmando que o consumo de carne vermelha e processada está ligado a um aumento do risco de câncer e de morte por doenças cardíacas e diabetes. 


No final de 2017 os alarmes voltaram a soar: a Agência Europeia de Medicamentos colocou a Espanha no primeiro lugar da lista de países da UE onde mais se vendem antibióticos para o gado. Quanto maior o uso desses medicamentos, mais aumentam as probabilidades de desenvolver bactérias capazes de resistir a eles. O alerta lançado pela ONU em outubro de 2018 é o mais inquietante: faltam 12 anos para limitar os efeitos da mudança climática. Até 2030, as consequências mais devastadoras do aquecimento global – furacões, inundações, migrações em massa, fome – serão sentidas com força total. A solução, segundo os especialistas, é tomar medidas “sem precedentes” para limitar o aumento de temperatura a 1,5ºC. Uma delas é reduzir o consumo de carne.

Fonte:

brasil.elpais.com